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Prefiro rosas, meu amor, à pátria,
E antes magnólias amo
Que a glória e a virtude.
Logo que a vida me não canse, deixo
Que a vida por mim passe
Logo que eu fique o mesmo.
Que importa àquele a quem já nada importa
Que um perca e outro vença,
Se a aurora raia sempre,
Se cada ano com a Primavera
As folhas aparecem
E com o Outono cessam?
E o resto, as outras coisas que os humanos
Acrescentam à vida,
Que me aumentam na alma?
Nada, salvo o desejo de indiferença
E a confiança mole
Na hora fugitiva.
Fernando Pessoa
4 Comments:
Benvindo amigo!
E regressaste em grande com 2 poemas lindíssimos desse grande poeta português! Tudo começa a ter um significado diferente, ou simplesmente tudo começa a ter um significado... não é?
Xinhos grandes
P.S Depois não te admires...
Já conhecia o poema, mas não me lembrava da parte das magnólias... É que eu adoro magnólias...
A minha amiga é esperta dos cabeça!!! jinhos.
Como sabes fez (e faz) parte da minha "educação"...
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