sexta-feira, novembro 17, 2006

Andava eu

Andava eu neste mundo imperfeito,
Perdido desolado.
Tentava em vão nutrir algo de bom,
Deste mundo rasgado.
Umas vezes não sabia orientar-me para norte,
Apenas olha para oriente.
Não sabia porquê, pasmado como sempre.
Sentia o cheiro da terra molhada,
Quando a água formava rios.
O ar abafava quem dele respirava,
Uma prisão sem fim.
O fogo consumia-me dia após dia,
Neste suplício sem fim,
Sem razão de ser.

António Sebastião 17 de Novembro de 2006